Disco do músico do grupo Pau Brasil sai em 5 de dezembro e reúne as vozes de Chico César, Fabiana Cozza, Joyce Moreno, Sergio Santos e Zé Renato. Rodolfo Stroeter apresenta no álbum ‘Madurô’ repertório inteiramente autoral que totaliza dez canções e três temas instrumentais
Gal Oppido / Divulgação
Capa do álbum ‘Madurô’, de Rodolfo Stroeter
Arte de João Rodolfo Stroeter
♫ NOTÍCIA
♪ Nome recorrente nas fichas técnicas de discos de MPB como baixista e/ou produtor musical, Rodolfo Stroeter sai dos bastidores dos estúdios de gravação e se posiciona diante dos holofotes com a edição, em 5 de dezembro, do segundo álbum solo do artista paulistano, Madurô.
Em Madurô, Stroeter enfatiza a produção autoral e expõe a face mais lírica do compositor em repertório que totaliza dez canções e três temas instrumentais ao longo de 13 faixas.
Editado via Pau Brasil, selo fonográfico batizado com o nome do conceituado quinteto de música instrumental do qual Stroeter foi um dos fundadores nos anos 1980, o álbum Madurô tem participações de nomes como Joyce Moreno, Marlui Miranda e grupo Pau Brasil.
Esses três convidados conectam Madurô ao primeiro álbum solo de Sroeter – Mundo, lançado em 1986, há já longínquos 38 anos – porque Joyce, Marlui e Nelson Ayres (pianista do grupo Pau Brasil) também participaram do primeiro trabalho solo do baixista e compositor.
Em Madurô, o time de convidados é extenso e também abarca os cantores Chico César, Fabiana Cozza, Sérgio Santos e Zé Renato, além do baterista Tutty Moreno e do filho de Rodolfo, Noa Stroeter, contrabaixista do Caixa Cubo Trio.
Álbum conceituado por Rodoldo Stroeter como “autorretrato musical”, Madurô foi concebido para dar vazão às músicas inéditas do artista, algumas compostas nos anos 1980. Sem vocação para o canto, Stroeter convidou cantores amigos para dar vozes às canções.
Presente em quatro faixas do disco, Sergio Santos interpreta A voz da oração, Carrossel, a música-título Madurô e a canção Boa noite, sereno.
Composição de Stroeter com Joyce Moreno iluminada há 20 anos pela voz de Mônica Salmaso, Estrela de Oxum (2004) agora ganha a voz da parceira do artista na criação da música em gravação marcada pela bateria de Tutty Moreno, companheiro de Joyce, também parceira e convidada de Stroeter em Só na maciota.
Tutty também toca em Feiticeira, samba inédito, mas composto há mais de dez anos por Stroeter em intenção de João Gilberto (1931 – 2019) e ora gravado com a voz de Zé Renato. Outro samba, Na boca do povo, composto por Sroeter com letra de Paulo César Pinheiro, é cantado por Fabiana Cozza.
Já o paraibano Chico César personifica o conterrâneo Jackson do Pandeiro (1919 – 1982) ao dar voz à letra escrita por Rodolfo Sroeter para tema originalmente instrumental de Hermeto Pascoal, Viva Jackson do Pandeiro. A cantora franco-germânica Céline Rudolph joga a luz do jazz em Cantiga de estrela, usando a voz como instrumento em duo com o baixo de Stroeter.
Poema em que Stroeter exalta os povos indígenas das Américas, composto para Ópera dos 500 / Popular e brasileira, mas não incluído no roteiro final da encenação de 1992, Rap americano ganha a voz de Stroeter e vocais de Marlui Miranda em idioma indígena.
Parcerias de Rodolfo com o filho Noa Stroeter, o tema instrumental Aboio e o samba Levada da breca ganharam o toque do grupo Pau Brasil, até porque essas músicas já constam dos roteiros dos shows do quinteto.
Gravado, mixado e masterizado por Alberto Ranellucci entre julho e agosto no estúdio Pau Brasil, em São Paulo (SP), o álbum Madurô tem produção musical orquestrada pelo próprio Rodolfo Sroeter e reflete a visão do mundo adquirida pelo artista após sofrer grave problema cardíaco que quase o levou à morte.
Nesse sentido, o álbum Madurô simboliza renascimento para Rodolfo Stroeter.
Baixista, compositor e produtor musical, Rodolfo Stroeter lança o segundo álbum solo, ‘Madurô’, 38 anos após o primeiro, ‘Mundo’, editado em 1986
Gal Oppido / Divulgação
Fonte: G1 Entretenimento